PORTUSASAS – Associação de Solidariedade e Apoio Social

Na PORTUSASAS - ASAS, pretendemos prestar cuidados a pessoas pobres e carenciadas, afectadas por qualquer tipo de demênca ou Doença de alzheimer. Mas pretendemos também prestar apoio às crianças em situação de risco. Queremos também comparticipar na aquisição de medicamentos pelas pessoas com menores rendimentos, tantas que são…



Precisamos de instalações, não importando o estado em que se encontre o espaço, pois far-se-ão as obras necessárias. Também não imposrta a sua localização, dentro do chamado Grande Porto.



Se alguém nos pode ajudar a «ajudar» quem precisa de nós, agradecemos que nos contacte através do TM. 931767630, o e-mail: portusasas@iol.pt, portusasas@gmail.com.



Não temos nem dependemos, nunca aceitaríamos tal situação, de qualquer partido político, uma vez que o nosso partido são as pessoas que possamos apoiar no dia-a-dia.



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Anatomia patológica e histológica

Na Doença de Alzheimer produz-se uma atrofia cerebral progressiva, bilateral e difusa, que começa nas regiões mesiais temporais para afectar imediatamente o neocórtex, sobretudo o temporal, parietal e frontal.

Produzem a lesão e posterior destruição dos neurónios, relacionada com o aparecimento tanto de depósitos insolúveis extracelulares (placas amilóides) como intracelulares.

O elemento fundamental dos depósitos extracelulares é a proteína beta-amilóide, que forma redes neurofibrilares e se agrega constiuindo as placas difusas e as placas neuríticas, estas últimas com núcleo denso e presença de neurites distróficas beta-APP+ (proteína percursora de beta-amilóide imunopositiva).

A beta-amilóide produz-se por uma excisão anómala da APP. Quando a proteína percursora da amilóide é excindida pela a-secretase, que é a via normal, o produto resultante é um péptido solúvel, depois eliminado pelo organismo com facilidade.

Mas, na DA predomina a excisão consecutiva da APP por parte da beta-secretase depois, formando-se então o péptido beta-amilóide insolúvel, que os neurónios excretam para o seu exterior.

Em continuação, as células da Glia (astrócitos e microglia), tentam sem êxito a eliminação da beta-amilóide, gerando-se um processo inflamatório que, junto com o próprio efeito tóxico da beta-amilóide, contribui para lesionar os neurónios.

Quanto aos depósitos intracelulares, constituem a degeneração neurofibrilar, cujo principal componente é a proteína tau que, normal forma as “pontes” que mantêm correctamente unidos os microtúbulos que conformam o citoesqueleto neuronal, mas na DA (em parte pela acção tóxica da beta-amilóide) se produz uma hiperfosforilação anómala da proteína tau, desligando-se o citoesqueleto e dando lugar a uma degeneração neurofibrilar, com a formação e óvulos neurofibrilares.

Os dois tipos de lesões (placas neuríticas e óvulos neurofibrilares) podem encontrar-se também no cérebro de anciãos sãos, e o que realmente marca o diagnóstico histopatológico é a sua quantidade e localização, correlacionando-se o seu número e densidade com a intensidade da demência nestes pacientes.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Etiologia e epidemiologia – I

No resto dos casos (Doença de Alzheimer complexa ou esporádica) a etiologia é multifactorial, com vários factores de risco que incluem a predisposição genética (evidenciada porque aumenta a frequência se existe um familiar em primeiro grau com a doença e mais ainda se vários), a idade (é mais frequente a partir dos 65 anos, a partir dos quais o risco duplica todos os cinco anos) e factores de risco exógenos, ambientais, que parecem favorecer o seu desenvolvimento, como acontece com os traumatismos craneoencefálicos graves.

Na DA esporádica, nem os factores genéticos nem os ambientais, separadamente, provocam a doença.

Os factores genéticos e ambientais associados entre si, são necessários mas não suficientes, precisando do concurso do factor envelhecimento.

A DA é mais frequente nos sujeitos portadores do alelo E4 da APOE, cromossoma 19, especialmente nos casos homozigóticos para o dito alelo.

Pelo contrário, postulou-se um efeito oposto para o alelo E2 da mesma APOE, que teria portanto um papel protector.

Cada vez mais sombria a evidência epidemiológica de que os factores de risco vascular (diabetes, hipertensão arterial, dietas ricas em gorduras…) e outros, como a intoxicação crónica ligeira por metais como o cobre, favorecem também o desenvolvimento da DA nas pessoas geneticamente predispostas.

Muitos desses factores são controláveis mediante a dieta, a manutenção dum peso corporal adequado e alguns medicamentos, o que incrementa a sua importância epidemiológica.

O mesmo se pode dizer da chamada “reserva Cognitiva”. Os sujeitos com maior capacidade cognitiva natural e adquirida (quociente intelectual, cultura, estudos, participação em actividades intelectuais e em jogos de mesa, baile…) apresentam a doença mais tarde que os de menor Reserva Cognitiva, para igual quantidade de lesões histopatológicas cerebrais da DA, presentes no cérebro.

Duas pessoas podendo ter a mesma quantidade de lesões histoptológicas da DA, mas uma delas pode mostrar-se muito mais demenciada que a outra.

A ideia existente por trás da reserva Cognitiva é que o cérebro tenta compensar activamente a histopatologia.

As pessoas podem, por exemplo, compensar-se melhor mediante a utilização de redes cerebrais alternativas, ou mais eficientes, podendo funcionar com maior normalidade, apesar da sua histopatologia.

Também se vê afectada pela idade, a prevalência, que é de 0,02% nas idades entre os 30 e os 59 anos e passa a ser de 10,8% para as idades compreendidas entre os 80 e os 89 anos.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Etiologia e epidemiologia

A etiopatogenia da Doença de Alzheimer é múltipla.

É hereditária entre 1 e 5% dos casos (DA genética) por transmissão autossómica dominante de alteração nos cromossomas 1 (presenilina2), 14 (presenilina 1) ou 21 (Proteína percursora de Amilóide, APP), com uma idade de apresentação geralmente anterior aos 65 anos.

Factores genéticos na DA:

Ø Mutações que explicam os cados de DA familiar de início precoce (1 - 5% dos casos)

O – Gene da APP; OMIM – herança mendeliana em linha cromossoma 21.
O – Gene dan presinilina 1 (PSEN 1 (PSEN1; OMIM), cromossoma 14.
O – Gene da presenilina 2 (PSEN2; OMIM), cromossoma 1.

Ø Polimorfismos (variantes genéticas) que podem incrementar a susceptibilidade de padecer da DA esporádica (90 – 95% de todos nos casos).

O – Confirmados:

Ø Alelo E4 do gene da Apolipoproteína E (APOE), (cromossoma 19).

O – Não confirmados universalmente (resultados variáveis nos estudos de réplica):

Ø Gene da a-2 – macroglobulina.
Ø Gene receptor de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL).
Ø Gene da a-1 antiquimiotripsina.
Ø Gene da butilcolinesterasa k.
Ø Gene de ubiquitina.
Ø Gene da proteína “tau”
Ø Genes mitrocondiais (citocromo-oxidases I e II)
Ø Genes das interleucinas 1ª e 13
Ø Outros, até uns setenta genes.

domingo, 31 de outubro de 2010

Doença de Alzheimer

Trata-se duma demência que conta com mais de cem anos de história.

Em Novembro de 1901 deu entrada no hospital para tratamento de doenças mentais de Frakfurt, uma paciente com 51 anos de idade (Auguste D), com um apelativo quadro clínico com 5 anos de evolução.

Após começar com um delírio celotípico, a paciente tinha sofrido uma rápida e progressiva perda de memória acompanhada de alucinações, desorientação no tempo e no espaço, paranóia, perturbações comportamentais, e uma grande perturbação da linguagem.

Foi estudada por Aloïs Alzheimer e, mais tarde, por outros médicos, vindo a falecer a 8 de Abril de 1906, vítima duma septicémia, secundária a úlceras por pressão e pneumonia.

O cérebro da doente foi enviado a Alzheimer, que procedeu ao seu estudo histológico.

A 4 de Novembro de 1906, apresentou a sua observação anátomo-clínica, com a descrição de placas senis, óvulos neurofibrilares e alterações arterioscleróticas cerebrais.

O trabalho foi publicado no ano seguinte sob o título: «Uma Doença Grave Característica do Cortex Cerebral».

A denominação do quadro clínico como “Doença de Alzheimer” foi introduzida mais tarde por Kraeplin, na oitava edição do seu “Manual de Psiquiatria” em 1910.

Alzheimer descreveu o seu segundo caso em 1911, data em que também aparece uma revisão publicada por Fuller, com um total de 13 pacientes com Doença de Alzheimer, com uma média de idade de 50 anos e uma duração da doença de 7 anos.
As lesões histopatológicas do cérebro de Auguste D puderam ser estudadas de novo e publicadas em 1998 na revista Neurogenetics.

Neste trabalho, não se encontraram lesões microscópicas vasculares, existindo apenas placas amilóides e óvulos neurofibrilares, lesão esta última descrita pela primeira vez por Alzheimer naquele cérebro.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Conselhos para lidar com uma perda

Ø Fale com os demais a propósito de como se está a sentir.
Ø Mantenha-se em dia com as actividades diárias, para que não se sinta acabrunhado.
Ø Durma suficientemente, com uma dieta bem equilibrada e faça exercício regularmente.
Ø Evite o alcool, que pode fazê-lo sentir-se deprimido.
Ø Logo que possa regresse á rotina normal.
Ø Evite tomar decisões importantes logo de seguida.
Ø Tome tempo para se repôr da perda; para chorar, para não sentir nada, para ter raiva ou para sentir da maneira que está a sentir-se.
Ø Peça ajuda, pois necessita dela.

A etapa final na aceitação da perda é quando começa a voltar a investir o tempo noutras relações e actividades. Durante esse tempo, é normal sentir-se culpado ou deleal com o seu ente querido, pois está a começar novas relações.

É também normal reviver alguns dos seus sentimentos em aniversários, festividades e outras datas especiais.

Quanto tempo dura o luto?

Provavelmente, começará a sentir-se melhor em seis a oito semanas. O processo completo, normalmente, pode durar entre seis a oito semanas. O processo completo, normalmente, pode durar entre seis meses a quatro anos.

Se em qualquer momento sente dificuldades, peça ajuda.

As pessoas que podem ajudá-lo incluem amigos, família, um membro do clero, um psicólogo ou um terapeuta, grupos de apoio e, claro, o médico.

Assegure-se de falar com o seu médico se tem dificuldades para se alimentar, dormir ou concentrar-se e isso persiste após as primeiras semanas.

Podem ser sinais de depressão. O seu médico pode ajudá-lo na depressão, de tal modo que comece a sentir-se melhor.

sábado, 23 de outubro de 2010

Duelo – Fazer frente à doença e à morte

Que é um duelo?

É uma resposta normal e saudável ante uma perda.

Uma das maiores perdas que pode ocorrer, é a morte dum ente querido.

Outras perdas incluem a da saúde, sua ou de alguém querido, o fim duma relação importante, como o matrimónio.

Recuperar duma perda inclui aceitá-la e o significado dela na vida de cada um.

Quais os sentimentos normais dum duelo?

Sintomas dum duelo:

Ø Raiva (Impotência)
Ø Culpar-se a si mesmo
Ø Crises de pranto
Ø Diarreia
Ø Tonturas
Ø Aceleração do ritmo cardíaco
Ø Sentir um nó na garganta
Ø Ter a sensação de irrealidade
Ø Dores de cabeça
Ø Hiperventilação: abrir a boca e inspirar profunda e rapidamente e de seguida soltar um suspiro…
Ø Náuseas
Ø Impossibilidade em organizar-se
Ø Não sentir apetite e perder peso
Ø Agitação e irritabilidade
Ø Tristeza e depressão
Ø Ver imagens da pessoa morta
Ø Sensação de “falta de ar”
Ø Sensação de pressão no peito
Ø Cansaço
Ø Dificuldade em concentrar-se
Ø Dificuldade em dormir

À medida que a pessoa faz frente a uma perda, tem sentimentos diferentes em diferentes momentos. Estes sentimentos incluem:

Choque, negação, raiva, culpabilidade, tristeza e aceitação. Pode alternar dum sentimento a outro.

Por exemplo, precisamente quando parece estar a começar a aceitar a perda, pode voltar a sentir tristeza ou raiva. O duelo pode não desaparecer nunca por completo.

Mas, a dor que se sente, diminuirá com o tempo, à medida que se sobrepõe a estes sentimentos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Depressão na terceira dade – I

Porque é difícil reconhecer nesssas pessoas a depressão?

Pode ser difícil discernir entre depressão de demência. Além disso, estas pessoas podem não falar ao médico acerca dos seus sentimentos de tristeza ou ansiedade, por vergonha.

Mas, a depressão não constitui algo do qual deve sentir-se envergonhada, pois não se trata duma debilidade pessoal, mas duma doença que pode tratar-se.

Como se diagnostica a depressão?

Por vezes, os amigos ou familiares reconhecem precocemente a depressão. Se a pessoa sente sintomas de depressão, deve dizê-lo ao médico, não devendo assumir ser capaz de se dar conta de que está depressiva apenas pelo olhar.

O médico fará perguntas acerca dos sintomas, da saúde em geral e da história de problemas familiares.

Como se trata a depressão?

Pode tratar-se comm medicamentos, psiquiatra ou psicólogo ou ambos. Estes tratamentos são muito efectivos.

O medicamento pode tornar-se muito importante para a depressão severa, devendo consultar o médico acerca do tratamento apropriado para cada um.

Que acontece se o médico prescreve um medicamento?

Os medicamentos usados para tratar a depressão, são os antidepressivos. Corrigem o desequilíbrio químico no cérebro causador da depressão.

Estes medicamentos geralmente funcionam muito bem, mas podem causar efeitos secundários, que geralmente diminuem com o tempo.

A actividade dos antidepressivos pode ser imediata, mas pode tomar-se entre seis a oito semanas antes que cada um possa apreciar a totalidade dos benefícios proporcionados. Nunca se deve deixar de tomar um medicamento sem consultar o médico.

E relativamente ao suicídio?

Pensar no suicídio pode fazer parte da depressão.

Qualquer pessoa deprimida, inclusive as pessoas de idade avançada, podem correr o risco de suicídio.

Antes de tomar qualquer decisão, diga ao médico, amigos e família ou chame o INEM.
Os pensamentos acerca do suicídio desaparecerão depois de a depressão ser tratada.